Andretti cita “esforço enorme” rumo à F1, mas admite: “Nunca pensei que teria de implorar”

A Andretti segue trabalhando "como se fosse entrar na F1" em 2026, porém Michael Andretti confessou que nunca imaginou que o histórico da família no automobilismo seria tão ignorado

Em nenhum momento da carreira, Michael Andretti imaginou que teria de praticamente “implorar” para ver sua equipe ser aceita na Fórmula 1. O norte-americano falou sobre todo o “esforço enorme” que tem sido feito em busca de uma vaga na temporada 2026 e espera que valha a pena no fim, já que ainda não houve “um não final”.

O proprietário da Andretti deu uma longa entrevista ao jornal The New York Times e detalhou todo o trabalho que vendo sendo feito atualmente, desde a construção de um modelo com as especificações atuais da F1 para ser testado em túnel de vento até a inauguração de uma base europeia, em Silverstone, Inglaterra. Um investimento que começou com a parceria com a General Motors, com o intuito de levar a marca Cadillac ao grid da principal classe de monopostos do mundo.

“Inicialmente, fomos informados pela Fórmula 1 que seria difícil entrar, mas que se trouxéssemos uma OEM (fabricante de equipamento original, da sigla em inglês), estaríamos basicamente dentro”, começou o empresário, filho do campeão da F1 de 1978, Mario Andretti.

“Infelizmente, as regras começaram a mudar um pouco, e acho que foi por causa da pressão das equipes. Quando elas começaram a reclamar, foi o grande problema. Desde então, nosso trabalho tem sido mostrar que vamos agregar muito mais à festa do que a fatia que vamos tirar”, acrescentou.

Michael Andretti não desiste da F1 (Foto: Indycar)

Até o momento, já são cerca de 130 pessoas envolvidas com o projeto da F1, e é esse empenho que Michael quer que seja notado. “Acho que não estão percebendo o esforço sendo feito aqui, e trabalhamos para que isso seja mostrado, pois é enorme. Tão grande quanto qualquer um feito pelas grandes OEMs presentes hoje na categoria.”

“Esta é uma parceria verdadeira com a GM. Eles não estão apenas fazendo o motor, mas também estão muito envolvidos no desenvolvimento do chassi. Já testamos peças no túnel de vento. Testamos o bico e fizemos o teste de colisão lateral. Há muita coisa acontecendo, e a GM está muito, muito envolvida em tudo”, garantiu Andretti.

Com a F1 passando neste fim de semana por Miami — a primeira de três corridas que acontecem nos Estados Unidos este ano —, Andretti mais uma vez se reuniu com a F1 na esperança de conseguir o tão sonhado ‘sim’ para 2026. O empresário disse que está à espera de uma resposta atualizada “nos próximos meses”.

“Como eles viram o que estamos fazendo, acho que estão analisando de forma diferente. Torço para que estejam vendo do jeito que estamos. [A negociação recente] soou definitivamente mais positiva”, frisou, emendando que a equipe está em fase de construção, porém o melhor que a palavra definitiva da F1 venha “o quanto antes”.

“Como disse, temos um carro no túnel de vento, estamos projetando e a GM ligou o motor. Estamos avançando como se fôssemos entrar. Claro que, para nós, quanto mais cedo melhor uma resposta, porque há outros bons talentos à margem que adorariam se juntar a nós, mas eles não vão desistir dos atuais trabalhos a menos que saibam que há garantias”, seguiu.

“Esse é o maior problema que temos, mas ainda sentimos que podemos facilmente chegar em 2026 de onde estamos. Esperamos obter uma resposta mais cedo ou mais tarde. Nunca recebemos um não final deles”, salientou Andretti, reconhecendo, por fim, que nunca imaginou que a histórica e vitoriosa carreira da equipe no automobilismo — com atuações notórias em Indy e Fórmula E — não fosse o bastante para que a esquadra fosse vista como um time de valor.

“Não há dúvida sobre isso. É uma luta que nunca pensei que teríamos de lutar, implorar para entrar na categoria, mas espero que o esforço valha a pena. E quando finalmente acontecer, será muito mais satisfatório e gratificante”, encerrou.

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